segunda-feira, 3 de junho de 2013

Gravidez na Adolescência

Nos tempos modernos, a gravidez passou a ser cada vez mais tardia. Com frequência se ouve falar de uma mulher grávida com mais de 30. No entanto, também é comum ver algumas adolescentes grávidas. A primeira coisa que se ocorre na minha cabeça é que foi um acidente, carência de informação sobre anticoncepcional e falta de orientação sexual. No entanto, enquanto escrevia Livremente Mara e ela desconfia que está grávida, percebi que Mara gosta e deseja essa gravidez precoce. Foi aí que compreendi o quanto Mara era diferente de mim e foi um ímpeto escrever sobre esse desejo interior. “Um humaninho pode estar sendo gerado em minha barriga agora. Doce. A primavera chegando e meu bebê aqui. Vai ser a criança mais especial, mais linda de todas. Como se chamará? Vai mudar minha vida para sempre. Por que nunca pensei que meu sonho íntimo era esse? Meu sonho melhor, o melhor sonho que uma mulher pode ter. É isso! Todos os meus atos, de um modo ou de outro me levam à reprodução, ser mãe. É isso que quero. Sou tão nova na idade mas acho que sou adiantada no tempo.”[1]
Uns tempos depois de escrever Livremente Mara, assisti Juno, um filme que trata de uma adolescente que engravidou de propósito. No entanto, uma gravidez na adolescência sempre traz muitos contratempos. Os estudos podem ser prejudicados, e aquele tempo em que as mocinhas vão às baladas, uma moça que tem filho já fica mais complicado esses passeios. Muito cedo a menina tem que acostumar com trocas de fraldas, idas ao pediatra, a dar mamadeira, a acostumar os ouvidos com choro de bebê. Enfim, a vida fica um tanto séria num tempo em que tudo que se quer é liberdade.
Um livro que fala bem disso é E agora, mãe? de Isabel Vieira, livro imperdível, linguagem fácil e cativante. Vale a pena ler.


[1] Livremente Mara, Raquel de Souza.

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